Tibete: Uma riqueza protegida pelas montanhas
Estar no Tibete é uma experiência indescritível! A religião é como um centro de gravidade cultural que influencia bastante a relação entre as pessoas e que é muito valiosa para explicar a história e a conjuntura política atual. O movimento pela independência é muito forte, sendo que o Dalai Lama, chefe supremo do Tibete vive em exílio na Índia. Hoje, o Tibete tem o status de Região Autônoma e é controlado pelo governo chinês.
Ao norte da cordilheira do Himalaia, o Tibete é um verdadeiro tesouro nas alturas. É impossível estar aqui e não entrar na história tibetana ou nas tradições da fé budista. Dentre tantos templos e santuários importantes, o Templo Jokhang, em Lhasa, é uma das grandes atrações e faz parte do Palácio Potala, patrimônio cultural da humanidade e cartão-postal que encanta pela arquitetura única. E no caminho das peregrinações, cercando o palácio, ficam os mercados e as lojas de Barkhor Street, onde você poderá comprar alguns souvenirs. Conheça também o Monastério de Sera e o Templo Ramoche, muito importantes e famosos ao redor do mundo. O Monastério de Sera, onde acontecem os "Debates dos Monges", tem cerca de 600 anos e está aos pés de Tatipu Hill, a uns 2 km ao norte de Lhasa.
Programe-se | É importante que se prepare para encarar as altitudes, já que o Tibete é mundialmente conhecido também por ser o ponto mais alto que existe. Para se ter uma ideia, a cidade antiga de Lhasa fica a quase 3.600 metros, e é bem possível que você sinta essa diferença na pressão do ar. Dizem que você pode demorar até anos para cruzar o Tibete de ponta a ponta, especialmente por conta do inverno rigoroso e pelas cordilheiras. Em geral, as temperaturas podem variar bastante em um único dia, com graus negativos à noite e máximas em torno de 30ºC durante o dia. Em julho e agosto é comum que chova relativamente mais na região central e no sul. As temperaturas mais agradáveis em Lhasa geralmente acontecem entre maio e junho e nos dias entre setembro e outubro.
Não se esqueça | Um cuidado muito importante nessa viagem é desacelerar. Mantenha um ritmo mais lento para que não sofra muito com a troca brusca de pressão. Mas fique calmo, faz parte da adaptação sentir dores de cabeça ou enjôos. A regra é: vá devagar e aproveite! Não se esqueça também que a questão política é um ponto de tensão para os tibetanos, então evite conversar diretamente sobre o assunto ou fazer comentários. E, apesar de ser um costume bem visto entre os budistas tibetanos, não dê fotos do Dalai Lama de presente. As autoridades chinesas repreendem essas ações e as penalidades são altas.