Mianmar: Um destino surpreendente no sudeste Asiático
Dentre as cidades mais visitadas está Yangon, onde fica o Pagoda Shwedagon com 98 metros, quase que suspenso no topo do monte. Aqui, os pagodas que pedem uma parada são os Botahtaung, Sule e Chaukhtatgy. A cidade conquista pela espiritualidade única entre templos hindus, mesquitas e igrejas. O Museu Nacional exibe relíquias desde o império e o Museu de Joias apresenta uma coleção inestimável de rubis e outras pedras preciosas, tendo a maior jade do mundo. Caminhar a pé contornando o Lago Kandawgyi é um dos passeios favoritos para apreciar a vista e ainda emendar nos mercados locais, como o de Bogyoke Aung San. Já ao norte, passando por Naypyidaw, Mandalay é contornada pelo Rio Ayeyarwady e, ao lado de Sagaing, foi edificada durante a Dinastia Konbaung como centro do budismo. Lá, o Palácio de Ouro, ou Shwe Kyaung, é um espetáculo para os olhos, porém, de tudo que era coberto por placas de ouro apenas algumas relíquias no interior permanecem. Uma das vistas imperdíveis é do pagoda que fica no centro e que permite ter uma visão de 360º do horizonte. Indo mais para sudoeste dali, no Pagoda Mahamuni encontra-se uma das imagens mais reverenciadas de Buda.
Perto de Amarapura fica a ponte U Bein, passando por cima do rio Taungthaman sob esteios esparsos, que dará um toque especial nesse mosaico dos horizontes mais bonitos do Sudeste Asiático. Não muito longe, Inwa foi outra capital na história dos reinos de Mianmar que merece uma visita. Rio acima, a mais ou menos uma hora, você chegará em Mingu, um dos maiores templos já construídos e, num pavilhão próximo, verá de perto o famoso sino que é considerado também um dos maiores do mundo. No Parque Kandawgyi, 70 km a oeste, ainda terá tempo para admirar a flora e a fauna de Mandalay, cercado por algumas cachoeiras.
A memória mianmarense não está somente no calendário, nos milhares de pagodas ou nas paisagens naturais, mas sim na relação única com as pessoas. Muito tempo sob ditadura militar e recentemente aberto ao turismo, o Mianmar é pouco conhecido para além de Shwesandaw e do templo Shwedagon, cartões-postais famosos. Por isso, aposte no caminho dos rios e interaja com cada parte nova do seu destino!
Programe-se | Mianmar é conhecido por ter um festival para cada mês, uma vez que são vários os grupos étnicos que compõem a população. Entre dezembro e janeiro, acontece um dos maiores e mais famosos festivais, o do Pagoda Ananda, em Bagan. E só em fevereiro já são 17 festivais espalhados pelos estados e distritos. Seja a época que escolher viajar, as festividades não param. Pensando no melhor período para viajar, prefira visitar Yangon e a região do delta de Irrawady entre novembro e fevereiro, uma vez que de março até meados de junho é comum que o ar esteja muito seco e a paisagem enevoada por conta das altas temperaturas. De junho a outubro as chuvas são mais frequentes, especialmente no litoral que compreende a Baía de Bengala e o Mar de Andamão. Mas nesse mesmo período, de setembro a outubro, a chuva é menos intensa no centro do país, perto de Mandalay e Bagan, o que garante um dos horizontes mais perfeitos do ano.
Experimente | Viajar de barco é uma das melhores opções para conciliar tempo e diversidade de lugares. As rotas mais populares incluem Mandalay-Bagan, Yangon-Ngwe Saung e Dawei-Kawthaung/Ranong.
Achados | Não espere um tempero forte da cozinha mianmarense, aqui os pratos são combinados de carnes, peixe e frutos do mar, mas há grande variedade. Você poderá encontrar ótimos cardápios, e tudo bem fresco, dando uma volta pela 19th Street (Yangon) e na feira noturna de Nyaungshwe (Rio Inle).
Coloque na rota | Os apaixonados por aventura, ou por uma boa praia com areia branca e águas cristalinas, se surpreendem com o sul mianmarense. Quase intocados, o litoral de Dawei, com suas casas de taipas e seus barcos típicos de pesca, e o Arquipélago de Myeik, mais ao sul, são grandes achados e valem cada segundo! Em Myeik, snorkeling, mergulho e kayaking são atividades recomendadas. Outros lugares sugeridos, tanto para a observação de pássaros e borboletas como para os esportes, são Alaungdaw Kathapa (Sagaing), Indawgyi (Kachin) e Moeyinggyi (perto de Bago). Mudando radicalmente de cenário, ao norte do país, no estado de Putao, a neve domina a paisagem e o cartão-postal aqui é o Monte Khakabarazi, o pico mais alto do Sudeste Asiático com 5.889 metros.
Não esqueça | Não é em todo lugar que as pessoas conseguem sacar dinheiro ou trocar dólar pelo kyat. Comida, bebida e transporte geralmente são pagos em kyat. Já as trilhas ou os tours costumam aceitar moedas estrangeiras sem problema.